9 Crimes - Damien Rice

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Amores de Final de Ano

O que te trazes aqui? Fermentação cuspida? Já não faz mais sentido tuas palavras, alusivas.
Cavando, cavando...?
Mas tudo tira o foco. Tudo tira a alma.
Tudo tira!!
Que ordem é essa? Ou não é ordem?
Não é!
Ah, não é...
Não é de Não ser.
De ser sem nunca ser.
De pegar, e no entanto, cuidar não estar pegando.
O homem de barba branca no papel machê? Rasga!
Busca dentro qualquer conteúdo que não as mesmas coisas anuais.
Meias...
Cega-me as luzes do pinheiro de natal,
mas cega-me mais ainda tua presença abusiva!!
A perturbar-me nesse natal rançoso.
Que mesmo de mansinho, anuncia um colapso incompreensível.
Pisco os olhos para não ver-te. Mas tu já és o próprio pinheiro!!
Poéme. Desde quando nossas relações tornaram-se assim?
Juro que perdi esse momento cometido por mim mesma.
Por mim mesma.
O desapego nas expressões contidas. No ás vezes planejado.
No amor sob medida.
Na vida não vivida?
Na cautela da alma calejada..
Que acredita estar sendo comedida, mas só acredita.
E anuncia na canção natalina
Que uma vez que mergulha, afunda.

Malditos amores de final de ano,
Que ao invés de viajar como todo mundo,
faz-se presente quando mais ninguém está.

25/12/13